sábado

Reação a quebra de hierarquia militar

IMPUNIDADE – “APAGÃO” INSTITUCIONAL.

O Clube de Aeronáutica vem a público para denunciar o ostensivo e arbitrário descumprimento, pelo Governo Federal, da Constituição do País e de outros diplomas legais, e exigir que sejam adotadas imediatas providências corretivas, dentro de 72 horas. Entre estas, a imediata reconsideração da decisão de “desmilitarizar” o controle do tráfego aéreo e a restituição ao Comando da Aeronáutica da autoridade para administrar o problema militar surgido, com o envolvimento de seus subordinados. CONTINUA AQUI

quarta-feira

No Brasil, Provisório é Permanente

Assalto ao bolso

O Ministério do Planejamento adverte: A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, imposto pago todas as vezes que se movimenta dinheiro no banco, não será extinta ano que vem. A arrecadação da CPMF (de 0,38% por cada saque bancário) representa R$ 32 bilhões por ano aos cofres públicos.

Surgida há 11 anos, em 1996, a CPMF nasceu para ser provisória. Mas todo ano a Medida Provisória que a instituiu é prorrogada pelo Congresso a pedido do governo que não cumpre a destinação legal do tributo. Dos 0,38% da CPMF, 0,20% deveriam ser aplicados na saúde, 0,10% na Previdência e 0,08% no combate à pobreza. Mas apenas 40% da CPMF são destinados para seu objetivo original: a seguridade social. O resto vira superávit primário para pagar as contas do governo perdulário.


FONTE: ALERTA TOTAL

domingo

Dum Dum-Dum Dum-Dum.

"O que é isso? Tem gente sambando na ruas do Rio? As mesmas ruas pelas quais arrastaram aquele menino de 6 anos? A primeira medida a ser tomada pelo poder público deveria ter sido cancelar o Carnaval, decretando luto oficial"


Dum. Dum-Dum. Dum Dum-Dum Dum-Dum. O que é isso? Tem gente sambando nas ruas do Rio de Janeiro? As mesmas ruas pelas quais os assassinos arrastaram aquele menino de 6 anos? A primeira medida a ser tomada pelo poder público deveria ter sido cancelar o Carnaval, decretando luto oficial.

Lula comentou o crime:

– Isso não está no racional da humanidade e do mundo animal. Está no irracional da humanidade e do mundo animal.

Lula tem o direito de achar que seu cachorro Galego é mais racional do que qualquer um de seus ministros. Acredito que seja mesmo. O que ninguém pode aceitar é que ele transforme em chanchada uma tragédia desse tamanho. Ele degrada a morte do menino carioca com suas galhofas momescas.

Depois de discorrer sobre a origem do mal no mundo animal, como uma Hannah Arendt dos quadrúpedes, Lula recomendou que os parlamentares agissem com "cautela", com "serenidade", ignorando o clamor popular e o clima "passional" que se criou em torno do episódio. Isso significa que deputados federais e senadores podem fazer um pouco de jogo de cena agora, propondo medidas contra a criminalidade, mas, assim que a morte do menino sair do noticiário, tudo voltará a ser rigorosamente como antes. Desde que Lula foi eleito, cerca de 200.000 pessoas foram assassinadas no Brasil. Uma a mais, uma a menos, tanto faz.

Uma das propostas que Lula rejeitou foi diminuir a maioridade penal para 16 anos. Está certo. Melhor diminuí-la para 14 anos. Ou 10. Ou 7. Mas o fato é outro. Dos cinco acusados pela morte do menino carioca, só um era menor de idade. A gente precisa prender os menores de idade. A gente precisa prender também os maiores de idade. E sobretudo: impedir que eles sejam soltos.

Os criminalistas do petismo argumentam que é bobagem aumentar o tempo de cadeia dos bandidos. O que realmente conta, segundo eles, é que um criminoso tenha a certeza de que será pego. Isso é uma afronta à memória do menino assassinado. O chefe da quadrilha que cometeu o crime foi preso seis vezes nos últimos anos, e em todas elas o sistema judicial o soltou. Antes e depois que ele atingisse a maioridade. Quando ocorreu o crime, o petismo imediatamente responsabilizou a polícia. Ela merece ser responsabilizada porque tem antecedentes de roubo, achaque e morte. Mas no caso do menino assassinado a polícia fez e refez seu trabalho direitinho, oferecendo a certeza de que o criminoso seria capturado. Aplauso para a polícia. A falha foi do Código Penal, que libertou um condenado que tinha de continuar na cadeia.

A única resposta que poderíamos dar ao menino assassinado seria prender a bandidagem por mais tempo, abolindo a liberdade condicional e torpedeando o instituto da progressividade da pena, tanto para os crimes hediondos quanto para os crimes comuns. Crime é crime: todos devem ser punidos com o mesmo rigor. Se o chefe da quadrilha que roubou o carro tivesse ficado na cadeia até o fim de sua última pena, o menino ainda estaria vivo. Mas essa é uma causa perdida. O cachorro Galego é contrário. E é ele quem manda. Dum Dum-Dum Dum-Dum.

Diogo Mainardi "E ainda fazem Carnaval?" Veja