sexta-feira

Natal não será mais do notebook


A alta do dólar atingiu em cheio o mercado brasileiro de informática. Segundo Ivair Rodrigues, diretor de Estudos de Mercado da IT Data, deve faltar computador no Natal, principalmente portátil. Rodrigues é responsável pelos estudos sobre o setor de informática da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). "A situação ainda não está tão ruim do ponto de vista do consumidor porque as lojas ainda trabalham com estoque", disse Rodrigues. "Mas, do lado da produção, a coisa está brava."

Antes da crise, a indústria vinha falando que este Natal seria do notebook. Com a alta do dólar, acompanhada de uma grande oscilação diária, muitos fabricantes paralisaram as compras e, como todos os kits são importados da China e de Taiwan, de navio, não dá mais tempo de os componentes chegarem a tempo das festas de fim de ano. "No caso do desktop (computador de mesa), a situação não é tão séria, pois existem componentes, como monitores e gabinetes, que são fabricados no Brasil", apontou o diretor.

No ano passado, foram vendidos 10 milhões de computadores no País. A previsão para este ano era de 13 milhões, mas ela está sendo revisada neste momento. "O mercado vai crescer porque a venda em nove meses já ficou próxima do total do ano passado", disse Rodrigues. "Mas vai ser bem menor do que 13 milhões; nunca vi nada igual em 23 anos de indústria."

No fim do ano, o chamado mercado cinza, que trabalha com produtos contrabandeados, pode voltar a crescer, depois de pelo menos dois anos de queda de participação. O diretor da IT Data recomendou que o consumidor antecipe as compras de Natal, caso encontre computadores com o preço antigo no varejo. "Os preços, com certeza, vão subir", disse Rodrigues.

A Itautec planeja aumentar sua tabela no próximo mês. "Dependendo do produto, 90% dos componentes são importados", explicou Cláudio Vita Filho, vice-presidente da Itautec. Com a instabilidade do câmbio, a empresa deixou de ter tabela para o mercado corporativo. No começo da crise, chegou a mudar a tabela três vezes num dia, depois chegou à conclusão de que não compensava. Os vendedores vão a campo e depois fazem a cotação de cada pedido. Para o varejo, manteve a tabela somente para itens produzidos com componentes que tem em estoque. O executivo aponta a volatilidade do câmbio como a maior dificuldade. "Dá para operar com qualquer dólar, desde que esteja estável."

A Accept, que fabrica computadores em Ilhéus (BA), chegou a ficar dez dias sem fazer negócio por causa do câmbio. "Os distribuidores americanos estão desesperados com o Brasil", disse Silvio Campos, diretor-executivo da Accept. Há algumas semanas, a empresa atrasou pagamento de fornecedor por sete dias, na expectativa de que o real se recuperasse.

Como isso não aconteceu, a Accept retomou os pagamentos e, segundo Campos, resolveu antecipar os de novembro. "Os fornecedores americanos deixam de aceitar pedidos novos da empresa a partir da segunda semana de atraso", disse o executivo. Segundo ele, existem concorrentes que paralisaram a produção porque atrasaram o pagamento do fornecedor e agora não conseguem saldar a dívida. As informações são da edição de domingo do O Estado de S. Paulo.

Fonte

quinta-feira

KASSAB 54% X MARTA 36%



Kassab se mantém à frente de Marta com 18 pontos de vantagem, diz Datafolha

Considerando apenas os votos válidos excluindo votos nulos, em branco e os eleitores indecisos, Kassab tem 60% contra 40% de Marta. Na pesquisa anterior, ele aparecia com 59% e Marta com 41%. Essa é a segunda pesquisa realizada pelo Datafolha sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo no segundo turno após o início do horário eleitoral gratuito que voltou a ser transmitido no último domingo (12). A pesquisa ouviu 1919 eleitores nesta terça (21) e quarta-feira (22). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo sob número número 04200108-SPPE. Folha

quarta-feira

GASTOS PÚBLICOS CRESCERAM 10%


Apesar da insistência do governo de que os gastos públicos crescem menos que o aumento do PIB (Produto Interno Bruto), as despesas estão maiores neste ano. Os gastos de custeio, excluídos os investimentos já realizados, tiveram aumento de 10% de janeiro a agosto. A comparação feita pelo Tesouro Nacional e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para demonstrar que houve queda nos gastos usa como base a previsão de crescimento do PIB nominal, de 12,6%. O PIB nominal é calculado pelo crescimento da economia, mais o aumento de preços medido pelo IBGE, um índice conhecido como deflator do PIB. É unânime entre os economistas que a apresentação de um resultado real desconta só a inflação do período, medida pelo IPCA ou pelo IGP. O IPCA de janeiro a agosto foi de 4,48%. Os gastos federais somaram R$ 306,8 bilhões nos oito primeiros meses deste ano. Os dados de setembro ainda não foram divulgados. Com informações da Folha de São Paulo.

sexta-feira


Kassab participa de evento ao lado de FHC

SÃO PAULO - O prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab (DEM) participa hoje de um evento ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, numa demonstração de força para neutralizar a presença constante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha da adversária Marta Suplicy (PT). Fernando Henrique, que no primeiro turno apoiou discretamente o candidato derrotado do PSDB, Geraldo Alckmin, aparecerá pela primeira vez ao lado de Kassab nesta eleição. Ambos vão participar de uma homenagem à ex-primeira-dama Ruth Cardoso, morta em junho, que vai dar nome ao Centro Cultural da Juventude, na Vila Nova Cachoeirinha, zona norte, administrado pela prefeitura. O evento reunirá ainda o governador José Serra (PSDB) e a cúpula tucana.


E faixas apócrifas contra Gabeira saem de comitê eleitoral de Paes

Alexandre Rodrigues, RIO

RIO - As faixas apócrifas contra o candidato Fernando Gabeira (PV) que estão na mira da Justiça Eleitoral são distribuídas na zona oeste do Rio por cabos eleitorais de Eduardo Paes (PMDB). O Estado obteve ontem duas dessas faixas com a inscrição "Sou suburbano com muito orgulho" num comitê eleitoral de Paes instalado numa garagem do conjunto habitacional Santa Cruz, em Senador Camará (zona oeste), juntamente com flâmulas e bandeiras do candidato. As faixas, que não têm assinatura, são consideradas propaganda subliminar negativa pela Justiça Eleitoral, proibida pela legislação. Continua...

quinta-feira

Campanha de Kassab calcula que terá 89 inserções na TV com direito de resposta


THIAGO FARIA
colaboração para a Folha Online

A campanha do prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), já está fazendo as contas de quanto tempo conseguirá tomar da adversária Marta Suplicy (PT) no horário eleitoral gratuito por conta do direito de resposta obtido na Justiça. Pelo cálculo kassabista, até agora serão 89 inserções de 1 minuto na TV e 72 no rádio com o mesmo tempo.

A assessoria jurídica do prefeito informa ter ingressado com mais de 20 representações contra propagandas de Marta desde o início do horário eleitoral gratuito no segundo turno.

Até o início da noite desta quarta-feira, a Justiça Eleitoral havia julgado quatro delas como procedentes. Três delas referentes a uma peça publicitária da petista que, após relacionar ligações políticas passadas de Kassab, pergunta: "será que ele esconde mais alguma coisa?". A outra refere-se à propaganda que questiona se o prefeito é casado e tem filhos.

Cada direito de resposta obtido por Kassab é de um minuto por inserção da propaganda a qual a representação se refere. Segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), as respostas não podem ser veiculadas de forma consecutivas.

Desta forma, os direitos de resposta de Kassab deverão ser veiculados ao longo da programação das emissoras.

Marta

A campanha de Marta também tenta conseguir espaço no horário eleitoral de Kassab com os direitos de resposta. Segundo a assessoria da ex-prefeita, a campanha já entrou com 24 pedidos na Justiça Eleitoral neste segundo turno.

Até o início da noite de hoje, no entanto, apenas uma representação de Marta contra a campanha adversária havia sido julgada e divulgada pelo tribunal eleitoral. Esta, por sua vez, foi considerada improcedente pelo juiz eleitoral.

sábado

Ministro do STF tira toga e vira 'Vovô Grau' no rádio


MARIÂNGELA GALLUCCI - Agencia Estado

BRASÍLIA - O ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vai tirar a toga para assumir a partir deste domingo, 12, uma nova identidade: Vovô Grau. No dia das crianças, ele vai estrear o programa de rádio "Aprendendo Direitinho", no qual explica para as crianças noções de direito e cidadania.

Ao contrário do discurso rebuscado típico dos tribunais, no programa Eros Grau usa uma linguagem coloquial e acessível às crianças. Logo no início, ele se apresenta como Vovô Grau. "Vocês não me conhecem, mas logo vamos ficar amigos", diz. Transmitido pela Rádio Justiça, de Brasília, aos domingos às 13h30 e aos sábados às 10 horas, o programa é resultado de um projeto que o ministro já tinha há cerca de três anos.

Crianças com 9 e 10 anos de idade que estudam em uma escola pública de Brasília - algumas filhas de presidiários - participam do programa respondendo a perguntas do ministro. No programa deste domingo, Eros Grau falará sobre o conceito do que é justo e do que é injusto.

"Seria justo ficar de castigo porque você não fez a lição?", pergunta o ministro. Uma criança responde: "É justo porque a gente vem para a escola para a aprender". Outra criança afirma que é injusto. Eros Grau intervém. Ele explica que cada pessoa pode ter uma opinião diferente sobre o que é justo ou não. E que o juiz serve justamente para decidir o que é justo ou injusto. "É o juiz que diz, no jogo de futebol, se a bola saiu ou não", exemplifica.

O ministro pergunta em seguida: "Como você sabe se o que está fazendo é certo ou errado?" A criança responde: "Eu sei quando estou errado quando desrespeito meu pai, minha mãe, meu avô?" No final do primeiro programa, uma voz feminina chama Eros Grau: "Vovô, hora do chá!" Eros Grau responde: "A vovó está chamando. Preciso ir. O mundo é feito de regras."

terça-feira

PSDB oficializa apoio a Kassab no segundo turno em São Paulo


O PSDB de São Paulo oficializou nesta terça-feira o apoio ao prefeito Gilberto Kassab (DEM), que busca à reeleição. Segundo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o prefeito foi um "bom gestor" que deu continuidade às metas do governador José Serra (PSDB). "A grande satisfação é pelo fato que o partido soube entender as circunstâncias", afirmou o ex-presidente ao falar sobre a disputa interna que dividiu o partido na campanha entre os apoiadores do prefeito e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Leia mais


Ao lado de Kassab, Serra diz estar confortável com aliança

Uma hora e meia depois do anúncio do PSBD de apoio à candidatura do prefeito Gilberto Kassab (DEM), o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), convidou o democrata para participar de uma vistoria em obras da via Anhanguera.

Na ocasião, Serra disse se sentir à vontade com a aliança entre o PSDB e DEM. "Não me sinto fortalecido, me sinto confortável em uma aliança que é natural", afirmou Serra.

Serra se mostrou cauteloso e evitou falar de apoio no segundo turno, mas afirmou que estará ao lado de Kassab quando não estiver cumprindo agenda como governador. Segundo Serra, o encontro desta tarde com Kassab não foi um gesto político.

"Quando olhei a agenda e vi que vinha aqui, liguei para ele [Kassab] pessoalmente e convidei para vir aqui como fazíamos sempre em época fora de campanha", disse.

Segundo Serra, Kassab participou da vistoria como prefeito, e não como candidato."Eu vim dar uma olhada hoje, o prefeito também, não na condição de candidato, mas para supervisionar como anda a coisa [obra]", disse.

quinta-feira

CRISE BRASIL: Indústria de alimentos tem maior queda na produção em 8 anos


Aquilo que o Lula/PT não mostra:

Índice mostra que 63% dos produtos alimentícios registraram queda na produção em agosto, segundo o IBGE

A indústria de alimentos registrou em setembro queda de 7,4% na produção ante igual mês do ano passado, o pior resultado apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesse segmento em oito anos, segundo destacou o coordenador de indústria do instituto, Silvio Sales. De acordo com ele, o índice de difusão mostra que 63% dos produtos que compõem a indústria de alimentos registrou queda na produção em agosto ante igual mês de 2007.

A explicação está, sobretudo, nos produtos voltados para exportação. Segundo Sales, açúcar cristal, suco de laranja e carne vermelha puxaram a queda na produção de alimentos. No caso do açúcar, ele disse que as informações das empresas apontam que o recuo está relacionado a um deslocamento da produção das usinas para o álcool. No que diz respeito ao suco de laranja, segundo ele, a justificativa é que houve queda nos preços internacionais desses produtos e problemas climáticos na safra brasileira, ambos desestimulando os produtores.

A queda na carne, por sua vez, de acordo com Sales, estaria relacionada à redução da oferta de bois para abate. Segundo ele, há também produtos voltados para o mercado interno contribuindo para a queda na indústria de alimentos, "mas com influência muito menor" no resultado final nesse segmento em agosto. O destaque é o sorvete, que segundo ele pode estar respondendo tanto ao clima desfavorável para o produto quanto a um possível deslocamento do consumo para produtos de maior essencialidade, devido ao aumento de preços dos alimentos.

Efeito calendário

Em agosto, a produção industrial brasileira caiu 1,3% ante julho, na série com ajuste sazonal. Na comparação com agosto do ano passado, a produção cresceu 2%. Com o resultado, até agosto, a produção industrial acumula alta de 6% no ano e de 6,5% nos últimos 12 meses.

Segundo o IBGE, os dados de agosto foram afetados pelo efeito calendário. Além disso, o instituto revisou a produção de julho, que subiu 1,4% na comparação com junho, ante informação anterior de alta de 1%. Na comparação com julho de 2007, o dado foi revisado para 8,8%, de 8,5%.

De acordo com Silvio Sales, o mês de agosto de 2008 registrou dois dias úteis a menos do que igual mês do ano passado e também dois dias úteis a menos do que julho deste ano e esse efeito calendário teve forte influência sobre os resultados industriais de agosto. Segundo ele, o ajuste sazonal na série ante mês anterior "não consegue descontar esse tipo de sazonalidade".

Segundo ele, prova do efeito calendário é que o resultado de média móvel trimestral, principal indicador de tendência, ficou "praticamente idêntico" em agosto (1,0%) e julho (1,1%). Além disso, segundo Sales, o perfil do crescimento industrial ante igual mês do ano anterior se manteve idêntico ao que vem sendo registrado desde o ano passado, com destaque para bens de capital e automóveis.

Em setembro de 2008, segundo ele, o calendário "vai jogar de forma favorável" nos dados da indústria, já que setembro deste ano terá três dias úteis a mais do que igual mês de 2007 e um dia útil a mais do que agosto. Segundo Sales, o padrão de sazonalidade da pesquisa não foi mudado porque o calendário do ano atual é muito atípico

Bens de capital

A produção de bens de capital subiu 0,1% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. Na comparação com agosto do ano passado, a produção dessa categoria aumentou 12,1%. Ante mês anterior, houve quedas na produção de bens intermediários (-2,7%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%), enquanto a produção de duráveis aumentou 2,1% e o total de bens de consumo (semi e não duráveis) teve variação de 0,1%.

Na comparação com agosto de 2007, houve queda nos bens de consumo (-0,1%), puxada pelos semi e não duráveis (-1,1%), enquanto os duráveis aumentaram a produção em 2,8%. Os bens intermediários registraram alta de 5,0%.

Tendência

O índice de média móvel trimestral da indústria, que é considerado o principal indicador de tendência, mostrou aumento de 1% no trimestre encerrado em agosto, ante o terminado em julho, segundo o IBGE.

Estadão