sexta-feira


“BRAÇO DIREITO DE DILMA MONTOU DOSSIÊ”


É o que a VEJA teria noticiado já na terça-feira se fosse publicada às terças-feiras. Huuummm. Então como é mesmo? “A revista”, como passou a ser chamada pelos estafetas e rufiões ideológicos petralhas, tinha feito, na edição passada, o que faz há 40 anos: jornalismo. A serviço da democracia e do estado de direito. Coube ao repórter Alexandre Oltramari noticiar o dossiê.

Acabou! Achei que a máscara só cairia na madrugada desta sexta. Caiu antes. Será tudo? Atuou bem a Folha ao também fazer jornalismo em vez de repetir o comportamento de alguns delinqüentes que tentaram ler “a revista” como “um lado”, de que o governo seria “o outro lado”. O lado da VEJA é o da reportagem, da apuração, do fato, da verdade.

O texto de Leonardo Souza, Marta Salomon e Andreza Matais não deixa dúvida: Partiu da secretária-executiva da Casa Civil, braço direito da ministra Dilma Rousseff, a ordem para a organização de um dossiê com todas as despesas realizadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sua mulher Ruth e ministros da gestão tucana a partir de 1998. O banco de dados montado a pedido de Erenice Alves Guerra é paralelo ao Suprim, o sistema oficial de controle de despesas com suprimentos de fundos do governo.”

Observem que cai também a versão apresentada pela Casa Civil, aí pela própria Dilma, de que os dados eram do tal Suprim (Sistema de Controle de Suprimento de Fundos). Não eram, não! “Um dos relatórios produzidos na Casa Civil, a que a Folha teve acesso, mostra que os dados foram organizados de forma diversa do Suprim”.

AS DIVERGÊNCIAS DO GOVERNO LULA NÃO SÃO COM A REVISTA VEJA, MAS COM O ESTADO DE DIREITO.

Erenice Alves Guerra montou uma verdadeira “operação de guerra”, o que, no seu caso, também é um trocadilho, para produzir o dossiê: “Na primeira semana após o Carnaval, segundo a Folha apurou, Erenice marcou reunião no Planalto com membros da Secretaria de Administração, da Secretaria de Controle Interno da Presidência e de outras áreas da Casa Civil. Solicitou que fossem cedidos funcionários de cada área para que se criasse uma força-tarefa encarregada de desarquivar documentos referentes aos gastos do governo anterior a partir da rubrica suprimento de fundos, que inclui cartões corporativos e contas "tipo B" (despesa justificada por nota depois de o servidor receber uma determinada verba). A Folha apurou que Erenice justificou a empreitada aos subordinados alegando ser preciso fazer o levantamento para atender a eventuais demandas da CPI dos Cartões e destacou sua chefe-de-gabinete, Maria de La Soledad Castrillo, para coordenar os trabalhos.”

E AGORA, MINISTRA DILMA ROUSSEFF?

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